Para as mães que ainda não se convenceram dos benefícios do aleitamento materno para a saúde das crianças, a lista de pontos positivos não para de crescer. Além de contribuir para a saúde física do bebê, um estudo de cientistas do Hospital Infantil de Boston (EUA), mostra que o leite materno influencia diretamente no desenvolvimento intelectual das crianças. Um maior tempo de amamentação e a exclusividade do aleitamento até seis meses maximizam os resultados cognitivos positivos, de acordo com o estudo.
Isso porque o leite humano é rico em DHA (ácido docosa-hexaenóico) e colina, ambas substâncias específicas para o desenvolvimento cerebral infantil. O desenvolvimento cerebral também tem outros fatores importantes ligados à amamentação. O vínculo que a amamentação proporciona é fundamental para o bom desenvolvimento cerebral do bebê.
De acordo com a pesquisa norte americana, o acompanhamento de 1,3 mil crianças dos três aos sete anos de idade mostrou que bebês amamentados alcançaram pontuações mais altas nos testes de inteligência. Os bebês que se alimentaram com leite materno durante os primeiros 12 meses de vida demonstraram maior capacidade de comunicação aos três anos. Essas mesmas crianças, aos sete anos, apresentaram inteligência verbal e não-verbal superior às crianças que não foram amamentadas.
As crianças que não receberam amamentação exclusiva, mas que tiveram o aleitamento como parte da dieta, também apresentaram benefícios, apesar de mais modestos e necessitando de maior espaço de tempo para a manifestação. “Alguns estudos também começam a ligar o consumo de probióticos com desenvolvimento cerebral. Os probióticos (microorganismos vivos) só são encontrados no leite materno, quando comparamos com outras fórmulas infantis”, defende Karine Durães.
As pesquisas reforçam a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) que afirma que o leite materno deve ser oferecido até, pelo menos, dois anos completos de vida. Sendo que, até os seis meses, deve ser mantido como alimentação exclusiva e, a partir de então, ser complementado com outros alimentos.
E então, que achou da pesquisa?